domingo, 10 de julho de 2011

5 gigantes da tecnologia que podem falir até 2019

Você pode achar estranho, mas algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo estão correndo risco de serem varridas do mapa nos próximos anos. A dificuldade em se adaptar a novos mercados é a maior vilã dessas histórias. E ninguém está livre disso – é o que mostraremos mais adiante.
Você consegue imaginar um mundo sem Windows? Pois é isso que deve acontecer na próxima década, pois a Microsoft está com sérios problemas para adequar-se aos portáteis. O mesmo se aplica à Intel, outra gigante que pode estar com os dias contados. Quer saber quem são as outras? Então preste atenção neste artigo que preparamos para você.

1) Nokia

Entre o final da década de 1990 e o início dos anos 2000, não existia empresa de telefonia móvel tão poderosa quanto a Nokia. Aparelhos resistentes e de ótima qualidade fizeram dela a empresa número 1 do segmento. Mas desde que os smartphones passaram a ser o foco da indústria móvel, a empresa perdeu boa parte de sua “magia”.




No ano de 2010, a parcela de mercado tomada pela Nokia era de 31%, em escala mundial. Só no primeiro trimestre de 2011, essa parcela já havia caído para 25%. Se fôssemos apontar um culpado, seria a escolha dos sistemas operacionais móveis. No começo, era o Symbian que alimentava os aparelhos. Ele foi bem aceito, até que surgiram opções melhores.

Em pouco tempo, Android (Google) e iOS (Apple) tomaram as rédeas do mercado e fizeram com que o Symbian fosse renegado por grande parte dos consumidores. A segunda aposta da Nokia foi o MeeGo, uma parceria entre várias empresas que tentava levar o mundo do código aberto para os smartphones.

Baixa adoção e poucos desenvolvedores decretaram o abandono do sistema pela fabricante finlandesa.
Agora, a proposta da Nokia é novamente arriscada. Em um mercado tomado por Androids e iPhones, a empresa firmou parceria com a Microsoft para lançar novos aparelhos com Windows Phone 7. Baseando-se na credibilidade da Microsoft, a Nokia tenta voltar a subir suas parcelas de mercado e abastecer os bolsos dos investidores.

O primeiro passo depende dos desenvolvedores que optarem por criar aplicativos para a plataforma. Depois entra em cena a parte principal: a qualidade dos aparelhos. A Nokia precisa ser superior às outras empresas que utilizarem o sistema operacional. Em resumo: são muitos fatores que precisam entrar em congruência para que a Nokia não fracasse novamente.

2) Sony

Os ataques dos últimos meses não devem acabar por aí. Mesmo com toda a reformulação da segurança da PlayStation Network e também de outros serviços online que a Sony possui, a desconfiança do público não foi embora totalmente. A própria Sony estima que, no final do ano fiscal, o prejuízo referente às invasões na PSN pode chegar perto dos 200 milhões de dólares.

Não são somente os gastos com manutenção, mas também as perdas de consumidores que foram originadas com a crise. Muitos decidiram comprar o Xbox, em vez do PlayStation, assim como uma grande parcela dos consumidores devolveu o console da Sony porque não podia desfrutar dos benefícios online.


Mas há ainda prejuízos maiores relacionados aos desastres naturais que ocorreram no Japão. Quase 2 bilhões de dólares devem ser gastos para reestabelecer linhas de produção e para reformar tudo o que foi destruído com os terremotos que atingiram o país no mês de março.

Depois de todo esse prejuízo, a Sony anunciou que uma de suas divisões enfrenta dificuldades financeiras. Trata-se da Sony Pictures, responsável pela produção de filmes de sucesso (como “Karate Kid”, “Homens de Preto” e “Código da Vinci”). A receita da empresa caiu mais de 15% no último ano e há muitas especulações de que a divisão será fechada em breve.

3) Myspace

O que você faria se comprasse uma empresa por 580 milhões de dólares e alguns anos depois a vendesse por apenas 35 milhões? Temos certeza de que você não ficaria nada feliz. Então imagine como os investidores da NewsCorp ficaram ao assinar a venda do MySpace por menos de 10% do valor pago em 2005.


Os motivos para a desvalorização são diversos. Como rede social, o MySpace vem perdendo cada vez mais espaço para o Facebook, que já conta com a hegemonia no segmento e não se vê ameaçada por nenhuma rival (o Google+ ainda não está oferecendo perigo).

Lembra-se dos primórdios do MySpace? Ele era utilizado, principalmente, por bandas e artistas iniciantes que queriam divulgar seus trabalhos. Talvez a saída seja voltar para esse mercado, mas atualmente há diversos outros meios de se fazer isso. Sites e blogs independentes, iTunes Store e até mesmo o YouTube possuem mais audiência. Em suma, o MySpace não deve sobreviver aos próximos anos.

4) Intel

Se perguntássemos, em 1995, para qualquer usuário de computador qual era o futuro da Intel, seria difícil encontrar alguém dizendo algo diferente de "sucesso". Infelizmente a história está mudando e, a cada ano, fica mais claro que a empresa precisa mudar de visão se não quiser entrar para o plantel de fabricantes esquecidas pelo tempo.

 

Talvez você esteja achando que nós estamos loucos e que a Intel jamais perderá terreno para outras concorrentes, mas temos vários motivos para dizer isso. Apesar de todos os indícios que mostram a tecnologia caminhando para o mundo dos portáteis, ainda há pouca movimentação da empresa para a fabricação de processadores ARM.

Essa arquitetura que está sendo explorada por Texas Instruments, Samsung, Qualcomm e NVIDIA  tem conseguido resultados cada vez melhores e os principais eletrônicos da atualidade a utilizam (o que inclui os tablets e smartphones mais vendidos do mundo). Os ultrabooks não utilizam chips ARM.
Vale lembrar que há muitos rumores que afirmam que a versão portátil do Windows 8 não será compatível com processadores comuns, apenas com ARM. Observando que o mundo caminha para os portáteis, dificilmente a Intel conseguirá manter-se na liderança do mercado nos próximos anos, a menos que sejam realizadas mudanças rápidas no posicionamento da empresa.

Há também a briga pelo mercado de processadores para notebooks e desktops. Mesmo com a Intel desfrutando de uma larga vantagem sobre a AMD, os resultados obtidos com os chips APU (que integram CPU e GPU em um único dispositivo) têm mostrado que a AMD pode voltar a sonhar com o topo do ranking mundial.

Enquanto os processadores Intel Sandy Bridge ainda não conseguiram fazer com que os jogos rodem com boa qualidade (sem a utilização de placas de vídeo externas), os últimos testes da AMD mostram que os processadores A8 podem rodar o game Crysis com detalhes e sem demandar placas gráficas.
Perdendo espaço no mercado de computadores e sem grandes expectativas para os portáteis, a Intel pode estar em seus últimos anos de vida. Repetimos: ou a Intel volta a se preocupar com pesquisas ou será absorvida pelo impiedoso mercado.

5) Microsoft

É indiscutível: o Windows é o sistema operacional mais utilizado no mundo. O problema é que, assim como a Intel, a Microsoft demorou muito tempo para perceber que o futuro está nos portáteis. Mais do que isso, que o futuro está nas nuvens. Pois é, a empresa acomodou-se com o mercado e se esqueceu de que era necessário renovar-se.

Hoje, o número de usuários de computadores cresce muito pouco em relação ao número de consumidores que adotam sistemas portáteis. Por essa razão, o iOS e o Android conquistam muito mais corações do que Windows, Linux e Mac. Notebooks e netbooks têm sido trocados por tablets e smartphones, que ainda oferecem jogos excelentes.



No segmento dos sistemas portáteis, o Windows Phone 7 ainda não conseguiu deslanchar. Mesmo com a parceria firmada com a Nokia, há poucos aparelhos disponibilizados para o sistema e poucos desenvolvedores parecem apostar fichas na Microsoft.

É necessário dizer que dificilmente alguma empresa conseguirá tirar o domínio da Microsoft no mercado dos sistemas operacionais para computadores, mas aos poucos esse segmento vai perdendo espaço e o império criado por Bill Gates pode realmente nunca mais possuir a força que já teve.

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